A arte de brincar sem eletrônicos
Todo pai sabe que brincar é uma parte muito importante do desenvolvimento dos seus filhos, não é mesmo? É durante a brincadeira que as crianças conseguem desenvolver suas habilidades sociais, cognitivas e emocionais…
Com apenas a magia da imaginação, a criança pode transformar o mundo em algo inteiramente novo. Entretanto, atualmente, esse lado do desenvolvimento infantil está sendo deixado de lado, graças ao uso excessivo de aparelhos eletrônicos.
Nesse texto, nós explicaremos por que, em alguns casos, os eletrônicos podem ser prejudiciais e daremos algumas dicas de brincadeiras mais saudáveis. Vamos lá?
Desvantagens dos jogos eletrônicos
Os jogos de celular são os queridinhos das crianças. Os atrativos são muitos: cores vibrantes, sons, estímulos rápidos e, claro, o fato de sempre verem os pais com os celulares.
Entretanto, utilizá-lo como única fonte dos momentos de brincadeira para as crianças, apesar de parecer uma grande benção para os pais, pode ser muito problemático para o desenvolvimento das crianças.
Isso porque, ao brincar com celulares, muitas vezes as crianças são expostas ao mundo adulto muito cedo. Dessa forma, elas são apresentadas a conceitos nocivos ao desenvolvimento infantil saudável, como o imediatismo, linguagem empobrecida e agilidade excessiva de informações.
Como consequência, as crianças perdem muito da melhor parte da infância e deixam de lado a brincadeira e aprendizagem natural. Além disso, a utilização de eletrônicos em uma idade muito jovem pode desencadear problemas de visão, como a miopia.
Os jogos digitais também acabam criando uma falsa impressão de interação. Os pequenos sentem que estão jogando com alguém, mas, na realidade, é apenas uma máquina, o que atrapalha o desenvolvimento social.
Além disso, fica muito mais fácil para crianças mais tímidas, ou inseguras, se isolarem em vez de fazerem amigos. Assim, elas deixam de estimular as áreas do cérebro que serão importantes para o seu futuro.
A importância de “brincar de verdade”
Como vimos acima, as brincadeiras tecnológicas muitas vezes não são a melhor opção para as crianças. Por outro lado, a brincadeira “à moda antiga”, em que os pequenos não utilizam eletrônicos, mas sim a imaginação e brinquedos de verdade, é de extrema importância para o desenvolvimento. A criança precisa de interação verdadeira para se desenvolver.
É brincando que a criança aprende sobre o mundo. Afinal, a brincadeira, muitas vezes, imita o comportamento dos adultos, mas sem as regras estritas do mundo real. Dessa forma, as crianças fingem dirigir um ônibus, ou fingem que são pais, que estão cozinhando… porque isso faz parte do mundo que elas observam!
A partir desse “faz de conta”, a criança passa a compreender o mundo ao seu redor. Com a própria percepção, ela aprende as regras, testa suas habilidades físicas e desenvolve a linguagem e habilidade motora. As brincadeiras, portanto, são partes essenciais para que as crianças se expressem, se conheçam, libertem seus sentimentos e descontentamentos.
Além disso, brincar também faz com que as crianças aprendam princípios importantes como liderar, competir, obedecer às regras, cooperar e, acima de tudo, compartilhar. Os jogos, por serem uma forma de expressão da criança, passa a ser a linguagem dela.
Por isso, também é importante que os pais participem das brincadeiras e atividades, pois assim podem compreender a personalidade dos filhos, além dos seus medos e anseios. Cria-se, assim, um vínculo importante entre os pais e os filhos.
A conciliação entre tecnologia e brincadeiras
Não podemos deixar de mencionar, também, que alguns jogos digitais, podem se assemelhar bastante às brincadeiras estimulantes que são saudáveis para as crianças! O Nintendo Wii, por exemplo, permite que a criança utilize a tecnologia de forma adequada, uma vez que estimula a atividade física e interação interpessoal.
Por isso, o ideal é que os pais estejam sempre de olho nas atividades dos filhos. Dessa forma, podem descobrir a melhor forma para as crianças brincarem de verdade. É possível, portanto, conciliar os jogos lúdicos, tão importantes para a infância, e a tecnologia, sempre em moderação!
A brincadeira de cada idade
Cada etapa da vida da criança tem uma característica diferente, e o desenvolvimento da brincadeira não é diferente. As crianças passam, cada uma em seu tempo, pelas fases que explicaremos abaixo:
Até os 2 anos
Nesta fase, a brincadeira deve estimular os sentidos. Correr, puxar carrinhos, escalar objetos, jogar com bolinhas de pelúcia são atividades recomendadas.
3 a 4 anos
É aqui que começam as brincadeiras de faz de conta. As crianças começam a gostar de brincadeiras de casinha, de trânsito, de escolinha e de outras atividades cotidianas.
5 a 6 anos
Os jogos de movimento (motores) e os de representação (faz de conta) continuam e se aprimoram. Surgem, também, os jogos coletivos, de campo ou de mesa: jogos de tabuleiro, futebol, brincadeiras de roda.
7 anos para cima
A criança já está preparada para participar e se divertir com todos os tipos de jogos aprendidos, mas com graus de dificuldade maiores.
Ideias de brincadeiras
Hora de deixar os eletrônicos de lado! Agora, daremos alguns exemplos de jogos que são ótimos para as crianças, que divertem e estimulam as habilidades dos pequenos.
- Amarelinha
- Passa Anel
- Pular Elástico
- Batata Quente
- Pular Corda
- Pipa
- Esconde-Esconde
- Pique Bandeira
- Estátua
- Mímica
- Elefante Colorido
- Mãe da Rua
- Queimada
- Cabaninha
- Caça ao Tesouro
Essas são apenas algumas ideias para apresentar ao seu filho e estimular a brincadeira de verdade, a que ensina enquanto diverte. Agora é só deixá-los curtir a melhor fase da vida!